A festa de Babette


     A festa de Babette foi escrito pela dinamarquesa Karen Blixen. É uma narrativa curta, sensível e comovente. A história se passa na Noruega, numa pequena cidade chamada Berlevaag.
"No sopé das montanhas, a cidadezinha de Bervellag parece uma cidade de brinquedo feita com pequenas peças de madeira pintadas de cinza, amarelo, rosa e muitas outras cores."


          O livro conta a história de duas irmãs, Martine e Phillipa, duas senhoras que quando jovem eram extraordinariamente belas e despertavam o interesse de muitos rapazes. No entanto, as duas irmãs eram filhas de um rigoroso deão, fundador de um grupo religioso, conhecido e respeitada em toda a Noruega. Suas filhas tiveram uma educação extremamente rígida e, seguindo os valores que lhes foram ensinados, resolvem renunciar aos prazeres da vida mundana e seguir os padrões morais e religiosos ensinados pelo pai.
         Num certo dia, as irmãs recebem em casa uma senhora chamada Babette que chegou refugiada da França por causa da Guerra Civil que assolava o lugar,  um período de repressões ocorridas por volta de 1870. Babette passa a trabalhar como doméstica em troca de abrigo.  Numa certa ocasião, Babette recebe uma carta com a notícia de que ganhara uma fortuna na loteria e faz um pedido para as irmãs: que gostaria de preparar a melhor refeição francesa para o culto em homenagem ao centenário de nascimento do falecido do deão, pai das duas irmãs; com a presença dos convidados pertencentes do grupo religioso e o coronel Galliffet. Ao observar os preparativos as irmãs começam a ficar preocupadas, já que segundo sua religião, não deveriam desfrutar dos prazeres de uma boa comida. E quando  o jantar é realizado os convidados apreciam sem o receio de estar cometendo algum pecado.
      O enredo aborda temas como a fé religiosa e a experiência humanizadora dos personagens a partir da comida, como também traz reflexões de ordem sensorial e espiritual. Além disso, podemos pensar o enredo a partir de uma perspectiva de um intercâmbio cultural a partir do convívio entre Babette, as irmãs e demais pessoas que moram naquela pequena cidade da Naruega. É uma narrativa sensível, encantadora, a escrita é fluida e uma ótima oportidade para conhecer uma história agradável em pouco tempo de leitura.
 
“E, na verdade, dissera o coronel Galliffet —, essa mulher está transformando um jantar no Café Anglais numa espécie de caso de amor... um caso de amor de categoria nobre e romântica onde não se faz mais distinção entre o apetite e a saciedade do corpo e do espírito!” (Karen Blixen ̸ Isak Dinesen)

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